Francisco pede o fim do conflito na Ucrânia

KievROMA, 04 de Fevereiro de 2015 – Mais uma vez, o pensamento do Santo Padre Francisco vai ao “amado povo ucraniano”. “Infelizmente a situação está piorando e se agrava a contraposição as partes”. Por isso ele pediu para rezar especialmente pelas vítimas, entre as quais inúmeros civis, e pelas suas famílias, e ainda que “peçamos ao Senhor que cesse quanto antes esta terrível violência fratricida”. O Papa renovou o “forte apelo para que se faça todo o esforço-  inclusive ao nível internacional- pela retomada do diálogo, único caminho possível para restabelecer a paz e a concórdia naquela martirizada terra”.

Francisco disse que quando ouve “as palavras vitória e derrota”, sente “uma grande dor e uma grande tristeza”. “Não são apenas palavras justas”, ele afirmou, sublinhando que a “única palavra justa é paz”. E acrescentou: “É uma guerra entre cristãos, todos com o mesmo batismo. Pensem neste escândalo. E rezemos – pediu o Papa – porque a oração é o nosso protesto diante de Deus”.

Estas palavras foram pronunciadas pelo Papa na Audiência Geral desta quarta-feira, diante de uma multidão que lotou a Sala Paulo VI, no Vaticano. Ele foi recebido com aplausos e gritos de ‘Viva o Papa!’. Enquanto balançavam suas bandeiras, as pessoas se aproximavam ao máximo do fim do corredor para tentar saudar o Papa e receber sua bênção. Enquanto Francisco cumprimentava, um grupo de cantores latino-americanos cantou a famosa canção “Solo le pido Dios”. O grupo realizará um concerto esta noite, na Sala Paulo VI, no IV Congresso Internacional Scholas Occurrentes que está sendo realizado esta semana no Vaticano.

Na catequese desta semana, o Papa continuou a refletir sobre o papel do pai na família, como na semana passada, resumido em português:

“A Igreja defende, com todas as suas forças, uma presença boa e generosa do pai na família, sendo ele, para as novas gerações, guardião e mediador insubstituível da fé na bondade, justiça e proteção de Deus. A primeira necessidade que tem uma família é a presença do pai. É preciso que ele permaneça ao lado da esposa, compartilhando alegrias e aflições, fadigas e esperanças, e que esteja junto dos filhos no seu crescimento, quando jogam e quando trabalham, quando falam e quando estão taciturnos, quando ousam e quando hesitam, quando dão um passo errado e quando reencontram a estrada. Um pai bom sabe esperar e sabe corrigir, com todo o seu coração. Naturalmente sabe corrigir também com firmeza: não é um pai pusilânime, demissionário, sentimentalóide. O pai que sabe corrigir sem humilhar é o mesmo que sabe proteger sem se poupar a esforços. Entretanto ele, sem a graça que vem do Pai que está nos Céus, perde a coragem e abandona a sua missão. Mas os filhos têm necessidade de encontrar um pai que está à espera deles quando regressam dos seus falimentos; farão de tudo para não o admitir, para não o darem a perceber, mas têm necessidade; e, se não encontram este pai à sua espera, abrem-se feridas difíceis de curar. Quanta dignidade e ternura naquele pai do filho pródigo que espera à porta de casa que o filho regresse!”

Por fim, o Papa cumprimentou os “amados peregrinos de língua portuguesa”, e disse: “Esta visita a Roma vos ajude a estar prontos, como Abraão, a sair cada dia para a terra de Deus e do homem, revelando-vos uma bênção e um sinal do amor de Deus por todos os seus filhos. A Virgem Santa vos guie e proteja!”

Após as saudações em diferentes línguas, Francisco dirigiu um pensamento especial aos jovens, doentes e recém-casados. Ele recordou que amanhã celebra-se a memória de Santa Agatha, virgem e mártir. Assim, o Papa pediu que esta santa que morreu jovem, ajude os jovens compreenderem “o valor da vida vivida para Deus”. Aos doentes pediu que sua fé inabalável os ajude a “confiar no Senhor nos momentos de tristeza”. E aos recém casados que a força no martírio indique os valores que realmente importam para a vida familiar.

Fonte: Zenit.org

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